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Definições da Reunião Aberta do dia 05/01

Ontem, dia 05/01, o Movimento Passe Livre Guarulhos realizou uma Reunião Aberta na Praça Getulio Vargas, com o intuito de discutir e construir um calendário de lutas para 2016, já que desde o dia 03/01 nos deparamos com o roubo/aumento da passagem das linhas municipais, e em breve das linhas intermunicipais também. Novamente o laço entre governos e empresas privadas se mantém e aperta cada vez mais no pescoço do usuário do transporte coletivo.

Na reunião estavam presentes cerca de 100 pessoas e baseados nos princípios do movimento de construir nossas lutas a partir da autonomia, auto-gestão, apartidarismo e horizontalidade, e também a partir da conjuntura local, chamamos os dispostos a lutar pelo transporte a participar da jornada , colocando suas propostas, e também braços, pernas, mentes e corações.

Dessa forma, na reunião foi decidido que, com o intuito de estarmos amplamente organizados, montamos comissões amplas e conjuntas e em breve publicaremos outras datas do calendário de lutas!

Realizaremos nova reunião aberta dia 12/01, na Pça Getulio Vargas.

E um grande ato dia 19/01, na Matriz.

Venha somar!!

 

CONTRA O AUMENTO DA TARIFA!

RUMO A TARIFA ZERO!

Carta Aberta de Denúncia de Machismo

O MPL de Guarulhos vem a público denunciar três casos de violência contra mulheres cometido por um ex-militante do nosso coletivo, desde quando o mesmo ainda se organizava enquanto Comitê de Luta por Transporte.

Inicialmente, lamentamos a demora para tornar a denúncia formal e amplamente pública, tendo em vista que essa é uma forma de garantir a segurança das mulheres nos espaços em que o agressor frequenta, com destaque para os espaços de militância na cidade. A autocrítica se faz necessária a medida que dois dos casos de violência aconteceram em 2010 e 2013, e que envolveu principalmente violências psicológica e moral do agressor contra suas ex-companheiras e também militantes do coletivo de luta por transporte em Guarulhos, seja como orgânicas ou apoiadoras da luta. Além disso, no começo desse ano uma nova denúncia fora feita contra o agressor, que violentou não só psicológica e moralmente, mas também fisicamente, outra ex-companheira.

Em 2014, Carlos Eduardo de Freitas foi informalmente expulso do MPL-Guarulhos, e a discussão de gênero começou a ser pautada no interior do movimento, bastante motivada pela entrada de mulheres no coletivo. Entendemos que esses casos de agressão não são isolados, pois eles respondem a um sistema bem articulado que legitima a violência contra as mulheres e que insiste em qualificar essas violências como uma questão pessoal. Denunciamos o atraso dessa forma de pensamento, historicamente combatido pelo movimento feminista, pois entende-se que o pessoal é político e precisa ser debatido como tal. A cada 3 minutos uma mulher é agredida no Brasil, em sua maioria por seus companheiros, o que traz justamente a reflexão de que a violência contra as mulheres é um problema social que precisa ser debatido na esfera pública.

Nesse sentido, manifestamos nosso total repúdio a esses casos de agressão, bem como nossa solidariedade às companheiras violentadas. Não podemos deixar passar impune mais nenhum caso de violência desse sujeito, bem como de nenhum outro agressor, e garantir a segurança das mulheres que foram violentadas pelo mesmo, assim como das mulheres que se solidarizaram com as companheiras e estão sendo frequentemente ameaçadas. Tornar isso público também é uma forma de que as mulheres que já se relacionaram com o agressor e sofreram algum tipo de violência se sintam seguras para denunciá-lo, e para que outras mulheres que possam vir a se relacionar com ele também tenham consciência desses casos. Temos também o objetivo, com essa carta, de que outras organizações tenham ciência das violências cometidas por Carlos Eduardo de Freitas, e que as mesmas não sejam acobertadas mas, pelo contrário, sejam publicizadas e combatidas, garantindo a segurança das mulheres. Lutamos para que as mulheres possam ocupar todos os espaços sem sofrer nenhum tipo violência, seja no público ou no privado, e que todos os espaços de militância na cidade estejam livres de práticas machistas.

O MPL, enquanto movimento anti-capitalista, também tem como princípio o combate a toda e qualquer tipo de opressão, seja ela de classe, gênero, LGBT ou racial, partindo da perspectiva de que todas precisam ser pautadas e enfrentadas tanto interna quanto externamente ao movimento, sem nenhum tipo de hierarquização das lutas ou omissão das mesmas.

Machistas não passarão!

Mulheres do MPL-Guarulhos.

 

Um retrato do descaso e da falta de planejamento dos transportes em Guarulhos.

      Recentemente foi publicada uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) das cidades com maior trânsito de pessoas entre si, em que se constatou que os municípios de Guarulhos e São Paulo são os que mais trocam cidadãos no seu cotidiano em todo o país. São cerca de 146,3 mil pessoas que se deslocam regularmente entre as duas cidades.

      Demanda existe! Investimento, planejamento e cuidado com a população para melhorar o transporte esdrúxulo oferecido pela EMTU, NÃO!

      Nota-se aí o retrato de um descaso de antigas raízes. Guarulhos, sendo a cidade de maior demanda por transportes que interligam a Grande São Paulo, enfrenta a precariedade a que é submetido diariamente o cidadão para fazer a travessia. Tarifas caras – entre R$ 4,00 e R$ 6,00, variando de acordo com a linha –, linhas com intervalo de tempo entre um carro e outro que chegam a até uma hora, e veículos constantemente lotados, compõe o aspecto mais visível de como a EMTU mantém um negócio rentável à custa da população, tratada como o gado, em um transporte caro e precário.

    Uma piada oculta – e de extremo mau gosto – com a população guarulhense se percebe vasculhando um pouco a história da cidade: hoje o único meio de ligação com São Paulo são vias urbanas e rodoviárias (ruas e estradas), não possuindo via férrea, ao contrário de muitos municípios da Grande São Paulo que inclusive possuem menor tráfego de pessoas com os territórios vizinhos (exemplos: Ferraz de Vasconcelos, Poá, Mogi das Cruzes, Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato, Osasco, Carapicuíba Jandira, São Caetano, Santo André, Mauá, Rio Grande da Serra, etc.) e mesmo alguns municípios fora dos limites da Grande São Paulo que possuem ligação pelas linhas da CPTM com a Capital (Jundaí e Várzea Paulista).

    Outro ponto é que, na ausência de linhas férreas que contemplem a população da cidade, os guarulhenses também não experimentam a integração gratuita com o metrô ou CPTM. Mesmo com o BOM (Bilhete de Ônibus Metropolitano) são cobrados atualmente mais R$ 1,95 ao passar pela catraca da CPTM e do Metrô, e o cartão não vale para as catracas da linha amarela.

      E pasmem: Guarulhos já teve linha férrea!

      Desconhecida das gerações mais recentes, que sofrem na pele o descaso e a falta de planejamento urbano que se verifica uma constante na história da conformação da cidade, tratada como dormitório, a Tramway da Cantareira ligava a Zona Norte à Guarulhos, da estação Areal até Cumbica, passando por Carandiru, Vila Paulicéia, Parada Inglesa, Tucuruvi, Vila Mazzel, Jaçanã, Vila Galvão, Torres Tibaji, Gopoúva, Vila Augusta, Guarulhos, Cumbica. A linha foi desativada em 1965 e a maioria das estações destruídas, restando apenas o trecho que ia do Tucuruvi ao Carandiru, que foi reaproveitado para a construção da linha Azul do Metrô.

 

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Estação de Guarulhos, provavelmente no final dos anos 1950. Foto by Massaimi Kishi.

 

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Estação de Guarulhos. Foto by Carl Heinz Hahmann


    Hoje, a construção de linhas do metrô se torna um horizonte nebuloso, a medida em que não se sabe muito bem os seus custos, e quem arcará com eles. Existe um projeto que já se tornou uma lenda urbana – mais cabulosa mesmo que a lenda da loira do banheiro – , que se fala há quase 20 anos sem nenhuma iniciativa concreta. Além do mais, as obras do Metrô ou da CPTM sempre vem acompanhadas de desapropriações que afetam justamente a moradia das pessoas mais carentes, agravando a já problemática política de moradia no Estado de São Paulo.

     Assim a falta de planejamento das gestões passadas condena a população a um transporte caro e degradante, associado com a inércia na melhoria arquitetada pela EMTU, que lucra mais com os transportes caros, lotados e sem integração e perpetua a situação, entravando qualquer reforma que venha a melhorar as condições dos transportes na cidade de Guarulhos.

   Nesse sentido, é necessário mais uma vez reiterar que, enquanto o transporte público seguir a política de rapina das empresas privadas que controlam a máfia dos transportes, a população Guarulhos padecerá mediante a ação do Cartel da EMTU. Para reverter este quadro é preciso mais que nunca enfrentar a panelinha dos donos dos conglomerados dos transportes, reafirmando a reivindicação de transporte público gratuito e de qualidade como um direito social.

TARIFA ZERO JÁ!!!

Links relacionados:

http://oblogferroviario.blogspot.com.br/2012/07/e-se-i-tramway-da-cantareira.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tramway_da_Cantareira

http://casaamarelaguarulhos.blogspot.com.br/

http://atarde.uol.com.br/brasil/noticias/1669327-maior-fluxo-entre-cidades-do-pais-e-guarulhossao-paulo-aponta-ibge

Nota de repúdio à Folha Metropolitana

NOTA DE REPÚDIO A COBERTURA DA FOLHA METROPOLITANA SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DO MOVIMENTO PASSE LIVRE GUARULHOS

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não é de hoje que a Folha Metropolitana atende os interesses dos governantes – foto de junho 2013

Nós, do Movimento Passe Livre Guarulhos, gostaríamos de expressar o nosso descontentamento e indignação com a cobertura tendenciosa que o jornal Folha Metropolitana tem dado com relação aos atos pela Revogação da Passagem e pela Tarifa Zero, realizados durante o mês de Janeiro. EXPLICITAMOS O NOSSO REPÚDIO À MANEIRA DESDENHOSA QUE A FOLHA METROPOLITANA TEM TRATADO A LEGITIMA MOBILIZAÇÃO POPULAR NA DEFESA DOS NOSSOS DIREITOS. Nossa luta é contra essa lógica mercantil de transporte, para que assim possamos exercer o direito à cidade.

Por inúmeras vezes a Folha Metropolitana fez acusações falsas ao movimento, como a de depredação de uma lixeira no ato do dia 12/01, o que não ocorreu, ou também como uma pretensa falta de clareza do MPL com relação a sua pauta, segundo alega o editorial do dia 31/01. Sabemos muito bem o que queremos. Negociatas não estão entre nossas pautas. O que o movimento quer são atitudes concretas pela revogação do aumento e implantação da Tarifa Zero. Não há o que negociar!

Noticias foram publicadas pela metade, como o recorte na fala de Lucio Gregori em aula publica ministrada no dia 27/01 na Praça Getulio Vargas, corte este que pode ser entendido como uma manobra para deixar incoerente ou com pouca clareza a proposta do palestrante para viabilizar a Tarifa Zero.

Também nos associaram a negociações a portas fechadas com representantes da prefeitura. Nunca o fizemos. Nossa arena sempre foi a rua, junto com o povo! A Folha também colocou na boca de nossos manifestantes palavras que não disseram. Nunca dissemos que nossa pauta era audiência pública com a STT (Secretaria de Transportes e Trânsito), como foi alegado em matéria do dia 28/01. Queremos ser ouvidos e obter resultados, e não aceitamos as desculpas rasas que o poder estatal nos tem dado.

Somos contra meias verdades, contra o jornalismo medíocre que manipula o que é dito para fazer valer suas opiniões, e contra a leviandade que forja noticia para deslegitimar a luta do povo.

Está mais do que evidente o papel que esse jornaleco cumpre: não o de oferecer informação de qualidade à população, mas sim o de garantir os interesses patronais. E se há falta de imaginação, ela vem do próprio jornal: seja pelo nome que não tem nenhuma criatividade (Folha…), seja por não apresentar nenhuma novidade em seu conteúdo, pois como grande parte dos jornais, se restringe em perpetuar notícias levianas, reforçando o caráter golpista da mídia, que é como o próprio nome sugere: média, medíocre!

Sendo assim, REPUDIAMOS A COBERTURA TENDENCIOSA, LEVIANA E PREGUIÇOSA QUE A FOLHA METROPOLITANA TEM DADO AS MANIFESTAÇÕES ORGANIZADAS PELO MOVIMENTO PASSE LIVRE EM GUARULHOS, pois defendemos o direito da população de ter informações sérias e compatíveis com a realidade.

Por tudo que foi dito acima, exigimos direito de resposta no jornal (impresso e on-line), assim como retratação da Folha Metropolitana perante a Manifestação.

MOVIMENTO PASSE LIVRE GUARULHOS
Por uma vida sem catraca e sem patrão!
10 de fevereiro de 2015.

Nota: MPL não se reunirá com secretário de transportes

O Movimento Passe Livre Guarulhos vem a público esclarecer que NÃO se reunirá com o Secretário de Transportes, Atílio Pereira, nesta quarta-feira, 14/01.

Primeiramente, repudiamos a atitude da STT de nem ao menos enviar um chamado oficial contendo previamente as pautas que serão discutidas em tal reunião. Ficamos sabendo de modo informal, visto que um dos militantes foi procurado e não o movimento. Com isso, reiteramos que uma das características do MPL é a horizontalidade e não toleraremos qualquer tipo de oportunismo e cooptação da parte do governo da luta que travamos. Além disso, entendemos que qualquer reunião que discuta os interesses populares deve ser PÚBLICA e não restrita. Afinal, qual o medo da Secretaria em divulgar publicamente para que todos os cidadãos de Guarulhos possam participar?

Entendemos que essa nota é necessária para chamar a atenção da população e evitar assim o uso indevido ou sequestro da sigla por parte de organizações, indivíduos e políticos, como já aconteceu em outras cidades pelo Brasil, em campanhas políticas e por parte de organizações governistas, com intuitos que não correspondem a pauta do PASSE LIVRE PARA TODOS E TODAS e características das quais, enquanto movimento apartidário, não compartilhamos.

O MPL se opõe completamente a reuniões a portas fechadas, temos como princípio a oposição a via parlamentar e institucional de “negociações”, entendemos que a força das lutas devem vir das RUAS, pelo poder popular. Nossa pauta é clara e está nas manifestações: 3,50 NÃO DÁ! TARIFA ZERO JÁ!

CONTRA AS TARIFAS!
MPL- Guarulhos

Para saber mais: http://saopaulo.mpl.org.br/2014/05/13/nota-da-federacao-nacional-do-mpl-sobre-o-sequestro-de-sigla/

Primeiro ato contra aumento do busão – PM defende empresários

2Na tarde de segunda-feira centenas de pessoas se reuniram para protestar contra o aumento das tarifas de ônibus em Guarulhos. Os manifestantes tiraram o trajeto em assembleia durante a concentração na Praça da Matriz. Ficou acordado que o trajeto seria até a garagem da empresa de ônibus Vila Galvão, porém a PM impediu que os manifestantes chegassem até a empresa se utilizando de seu aparato repressivo.

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“vocês tem 2 minutos ou vamos evacuar a área”

A alegação do comando da PM, que impediu a manifestação com um bloqueio de policiais da força tática, foi de que não poderíamos ocupar a rodovia presidente Dutra. Porém, em nenhum momento acordamos coletivamente de que ocuparíamos a Dutra. O trajeto foi bem definido desde o começo do ato e a PM já sabia que iríamos até apenas até a garagem da Vila Galvão. Infelizmente nos deparamos com uma situação em que a PM estava ali apenas para garantir o lucro dos patrões. Além disso o comando da PM colocou em risco a integridade física dos/das manifestantes, dando um prazo de 2 minutos para que a manifestação evacuasse o local, senão entrariam em ação com seus métodos truculentos. Lembramos que em 2013, em Belo Horizonte, manifestantes morreram ao cair de um viaduto após serem reprimidos pela PM. Em nenhum momento o MPL-Guarulhos colocaria em risco a integridade física de quem está na luta, por isso decidimos coletivamente que seria melhor o ato voltar até a praça da matriz para seu encerramento.3

Seguimos com nosso ato pelo centro de Guarulhos e tivemos grande apoio da população. Durante todo ato foram entoadas palavras de ordem e cantos contra o aumento da tarifa; apenas um momento o ato permaneceu em silêncio em respeito ao hospital que passamos em frente. A luta do primeiro ato contra o aumento do busão foi muito bonita! Celebramos a força de todos coletivos que compareceram no ato para somar nessa luta.

Nosso ato cumpriu seu objeto de reunir manifestantes em torno da pauta do transporte – Denunciar o aumento abusivo da passagens nos ônibus municipais e intermunicipais e exigir a Tarifa Zero para toda a população!

Praça do 4º Centenário

locomotiva

locomotiva na praça do 4º centenário

Durante o ato fizemos uma parada em frente a praça do 4º Centenário para relembrar um pouco da história sobre o transporte público em Guarulhos: em 1915 a Estrada de Ferro da Cantareira chegou em Guarulhos, um ramal que servia as estações de Areal, Carandiru, Vila Paulicéia, Parada Inglesa, Tucuruvi, Vila Mazei, Jaçanã, Vila Galvão, Torres Tibagy, Gopouva, Vila Augusta, Guarulhos e Base Aérea de Cumbica. A linha funcionou até 1965, um ano pós o golpe militar. Entendemos que a história não está desconectada e que esse foi um período de grande investimento no transporte privado em detrimento do público.

A luta só começou e na próxima segunda feira (19), já marcamos o próximo ato contra o aumento do busão!

2º grande ato contra a tarifa de Guarulhos
https://www.facebook.com/events/1568850883360007/

TARIFA ZERO QUANDO? TARIFA ZERO JÁ!!!

MPL – Guarulhos
Por uma vida sem catracas e sem patrão!

Fotos do coletivo A Invasãohttps://www.facebook.com/ainvasao

Balanço da Reunião Aberta 08-01-2015

Presentes: MPL (Movimento Passe Livre), UJS (União da Juventude Socialista), UNE (União Nacional dos Estudantes), PSOL, Unidos para Lutar, Fora da Ordem do PT, Revolta da Catraca (Atibaia), Coletivo A Invasão, Partido Pirata e população de Guarulhos/SP.

O MPL-Guarulhos realizou uma reunião aberta no dia 08/01, na Praça Getúlio Vargas, que reuniu cerca de 70 pessoas, para discutir a Tarifa Zero e o aumento das passagens. Estiveram presentes os coletivos acima citados, trazendo suas perspectivas em torno da nossa pauta única, na intenção de construirmos o Ato do dia 12/01, na próxima segunda-feira.

Foi consenso entre os presentes a redução imediata das tarifas municipal e intermunicipal, sendo a luta organizada nas ruas a principal forma de se alcançar essa reivindicação. Houve também uma discussão sobre as formas de se alcançar a Tarifa Zero, principal bandeira do Movimento Passe Livre (MPL), o que agrega a nossa luta anticapitalista.

Foi feita a defesa do passe livre estudantil por alguns grupos presentes. Nós do Movimento Passe Livre defendemos que somente esta medida não é satisfatória para garantir o acesso à cidade para toda população. Para isso, é preciso a implantação da TARIFA ZERO, como já existente em algumas cidades do país.

Entende-se que a mobilidade urbana é um direito de toda a população, e que o aumento da tarifa, bem como a tarifa em si, se apresenta como uma violação desse direito, a medida que ocupar a cidade, seja a trabalho, estudo ou lazer, nos é negado. Nesse sentido, destacamos a responsabilidade dos governos em relação ao nosso direito ao transporte.

A forma como esse direito é violado também foi discutida: a terceirização do serviço público ao setor privado demonstra claramente a garantia da produção e reprodução do lucro. Em Guarulhos, bem como em todo sistema de transporte estadual e municipal, quem gere a nossa mobilidade são empresas privadas que roubam o nosso dinheiro a cada catraca rodada.

O MPL-Guarulhos avalia que esse encontro foi importante por reunir os posicionamentos que cada coletivo e indivíduo defendem e as construções em torno da pauta na qual o Movimento atua, e as consequências de mais um ataque à população. Entendemos que ocupar as ruas e as praças para discutir, reivindicar e avançar na luta e na organização de todos nós é essencial para derrubar a tarifa e atingir a Tarifa zero.

Matéria no GuarulhosWEB

“Enquanto as empresas pressionam o poder público para garantir seus lucros, nós estaremos nas ruas pela tarifa zero para toda a população”

 

No dia 07-01-2015 o portal de notícias GuarulhosWEB entrou em contato com o Movimento Passe Livre de Guarulhos para perguntar sobre o ato do dia 12-01-2015.

Acesse aqui a matéria completa do portal

Acesse aqui a nota completa do movimento

Passe livre estudantil não é Tarifa Zero

O vereador de Guarulhos Prof. Samuel Vasconcelos protocolou na Câmara, no dia 02 de janeiro de 2015, a proposta de passe livre para estudantes e professores de escolas públicas.

Sabemos que o projeto foi apenas protocolado na câmara, ainda deve ser analisado por comissões e, por fim, ir para votação em plenária. Ainda há um longo caminho para se efetivar o passe livre estudantil, mas já bom já evidenciar o caráter de um projeto como esse.

Sem dúvidas essa medida é também um resultado da luta da população da cidade, que tomou as ruas em junho de 2013, mas é insuficiente. Por que?

Tal projeto prevê um benefício restrito a um grupo: professores e estudantes de escola pública. Não faz sentido restringir a um grupo o direito de todas e todos a um transporte público de verdade.

Talvez nossos governantes imaginem que o passe livre para estudantes sirva para desmobilizar a luta. Não se enganem: a luta por transporte não se restringe a essa ou aquela categoria, ela é de toda a população trabalhadora da cidade, que depende da condução para viver e enfrenta diariamente a humilhação coletiva nos ônibus municipais e intermunicipais.

Se o vereador entende que essa medida é resultado da pressão da luta, como foi a revogação do aumento em 2013, vai ter que melhorar seu projeto, pois a luta vai ser maior!

TARIFA ZERO PARA TODA A POPULAÇÃO!
Contra qualquer aumento!

MPL – GUARULHOS
POR UMA VIDA SEM CATRACAS E SEM PATRÃO!

Matéria sobre o projeto de passe livre estudantil em Guarulhos – http://www.profsamuelvasconcelos.com.br/samuel-protocola-projeto-de-passe-livre-para-estudantes-e-professores/

Nota do MPL-SP “Sobre aumento e gratuidades: Tarifa Zero e passe livre estudantil são coisas muito diferentes” http://saopaulo.mpl.org.br/2014/12/19/sobre-aumento-e-gratuidades-tarifa-zero-e-passe-livre-estudantil-sao-coisas-muito-diferentes/

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