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Carta Aberta de Denúncia de Machismo

O MPL de Guarulhos vem a público denunciar três casos de violência contra mulheres cometido por um ex-militante do nosso coletivo, desde quando o mesmo ainda se organizava enquanto Comitê de Luta por Transporte.

Inicialmente, lamentamos a demora para tornar a denúncia formal e amplamente pública, tendo em vista que essa é uma forma de garantir a segurança das mulheres nos espaços em que o agressor frequenta, com destaque para os espaços de militância na cidade. A autocrítica se faz necessária a medida que dois dos casos de violência aconteceram em 2010 e 2013, e que envolveu principalmente violências psicológica e moral do agressor contra suas ex-companheiras e também militantes do coletivo de luta por transporte em Guarulhos, seja como orgânicas ou apoiadoras da luta. Além disso, no começo desse ano uma nova denúncia fora feita contra o agressor, que violentou não só psicológica e moralmente, mas também fisicamente, outra ex-companheira.

Em 2014, Carlos Eduardo de Freitas foi informalmente expulso do MPL-Guarulhos, e a discussão de gênero começou a ser pautada no interior do movimento, bastante motivada pela entrada de mulheres no coletivo. Entendemos que esses casos de agressão não são isolados, pois eles respondem a um sistema bem articulado que legitima a violência contra as mulheres e que insiste em qualificar essas violências como uma questão pessoal. Denunciamos o atraso dessa forma de pensamento, historicamente combatido pelo movimento feminista, pois entende-se que o pessoal é político e precisa ser debatido como tal. A cada 3 minutos uma mulher é agredida no Brasil, em sua maioria por seus companheiros, o que traz justamente a reflexão de que a violência contra as mulheres é um problema social que precisa ser debatido na esfera pública.

Nesse sentido, manifestamos nosso total repúdio a esses casos de agressão, bem como nossa solidariedade às companheiras violentadas. Não podemos deixar passar impune mais nenhum caso de violência desse sujeito, bem como de nenhum outro agressor, e garantir a segurança das mulheres que foram violentadas pelo mesmo, assim como das mulheres que se solidarizaram com as companheiras e estão sendo frequentemente ameaçadas. Tornar isso público também é uma forma de que as mulheres que já se relacionaram com o agressor e sofreram algum tipo de violência se sintam seguras para denunciá-lo, e para que outras mulheres que possam vir a se relacionar com ele também tenham consciência desses casos. Temos também o objetivo, com essa carta, de que outras organizações tenham ciência das violências cometidas por Carlos Eduardo de Freitas, e que as mesmas não sejam acobertadas mas, pelo contrário, sejam publicizadas e combatidas, garantindo a segurança das mulheres. Lutamos para que as mulheres possam ocupar todos os espaços sem sofrer nenhum tipo violência, seja no público ou no privado, e que todos os espaços de militância na cidade estejam livres de práticas machistas.

O MPL, enquanto movimento anti-capitalista, também tem como princípio o combate a toda e qualquer tipo de opressão, seja ela de classe, gênero, LGBT ou racial, partindo da perspectiva de que todas precisam ser pautadas e enfrentadas tanto interna quanto externamente ao movimento, sem nenhum tipo de hierarquização das lutas ou omissão das mesmas.

Machistas não passarão!

Mulheres do MPL-Guarulhos.

 

Debate: Passe Livre Estudantil x Tarifa Zero

Na próxima quinta-feira, o MPL-Guarulhos realizará uma oficina de catracaço e um debate sobre o Passe Livre Estudantil e a Tarifa Zero.

O evento ocorre no campus provisório da Unifesp Guarulhos, onde estudantes deliberaram em assembleia a paralisação das atividades por uma semana (16 à 20/03) para discutir principalmente a pauta do transporte.

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19/03, às 18h
Unifesp Guarulhos (campus provisório)Av. Monteiro Lobato, 679 - Macedo

Vamos Fanfarrear!

divulgacao

Sarau Carolina, 19h!
https://www.facebook.com/events/1413412285618566/

4º ato contra a tarifa em Guarulhos

chamada

No dia 28/01 realizamos o Enterro da Tarifa,saímos da Matriz e fomos até a frente do Adamastor, onde acontecia uma reunião a portas fechadas entre o secretário de transportes Atílio Pereira e os donos das empresas, na tentativa de justificar o aumento da tarifa. Organizamos então, uma plenária onde o mega-fone estava disponível para todas as pessoas falarem sobre a situação do transporte em diversos pontos da cidade.

Quinta-feira 12/02
Concentração à parrtir das 17h
Em frente a Matriz

Voltaremos a tomar as ruas de Guarulhos.
Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar!!!”

TARIFA ZERO JÁ!
POR UMA VIDA SEM CATRACAS E SEM PATRÃO.

3º ato: enterramos a tarifa!

Na tarde de quarta-feira (28), centenas de pessoas compareceram as ruas de Guarulhos para participarem do 3º Ato: o enterro da tarifa.

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O ato organizado pelo Movimento Passe Livre de Guarulhos começou na Praça da Matriz e teve como destino o Teatro Adamastor do Centro, onde o secretário de transportes Atílio Pereira se reunia com representantes das empresas na tentativa de justificar o aumento da tarifa nos ônibus municipais.

Nós, do Movimento Passe Livre de Guarulhos, repudiamos tais encontros de portas fechadas. Acreditamos que a luta se constrói nas ruas, com participação popular e transparência nas ações.

Mais uma vez denunciamos o aumento abusivo das tarifas e reforçamos que o transporte não deve ser encarado como mercadoria, mas sim um serviço público à toda a população com Tarifa Zero.

Chega de catracas!

9811_932360076776306_354752458977130869_n“Conhecido como centro cultural de Guarulhos
Este é o Adamastor,
o teatro da cidade.
Que só valoriza artistas que vem de fora.
E nos cobram ingressos caros.

Com uma sala de exposições,
sem a mínima segurança
para as obras de nossos artistas.

Aqui se prioriza
a política de balcão!
E são realizados eventos,
que enchem os bolsos dos políticos.

Um espaço público,
onde acontecem reuniões
a portas fechadas.

Essa não é a nossa cultura!

Mais uma vez
o Almeida barra nosso acesso.
Pelo acesso às ruas e aos locais públicos.
Chega de catracas!”

Plenária

No mesmo momento em que a reunião do secretário com os donos das empresas acontecia dentro do teatro, organizamos uma plenária na rua para que pudéssemos falar sobre os problemas enfrentados cotidianamente no transporte da cidade.

Muitas pessoas relataram sobre os cortes de linhas, a frota de ônibus sucateada, as péssimas condições de trabalho de motoristas e cobradores/as, lotação acima do permitido entre tantos outros problemas.

Em um certo momento o secretário de transporte ensaiou participar da plenária na rua, porém recuou com medo do que ouviria da população e manteve sua atividade de tentar justificar o impossível.

Secretário e Prefeito, nosso recado foi dado. Nenhum centavo a mais!

Jogral do escracho

10155727_932424516769862_1322003156368485600_n“Secretário nosso que está no governo,
Qualquer que seja vosso nome
Venha a nós o seu poder na cidade
Como em todo o país.

As suas negociatas de cada dia
Nos mostre hoje na rua
E perdoai as nossas ausências nos gabinetes
Assim como nós não perdoamos
As organizações que agem contra nós.

Não sairemos das ruas e quebradas
Enquanto você burocrata
Se mantém na sala do gabinete.

Não nos deixaremos aceitar o arrego
Nos livraremos de todo mal do poder
Pelo fim do Estado!
Pelo fim do Capital!
Pelo fim da Tarifa!
Lutem!

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Aula Pública: Tarifa Zero – Lúcio Gregori

Tarifa: fetiche da vida nas cidades

Aconteceu hoje, na praça Getúlio Vargas, em Guarulhos, uma Aula Pública sobre a Tarifa Zero com o engenheiro e ex-secretário de transportes da cidade de São Paulo, Lúcio Gregori.

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Lúcio Gregori foi secretário de transportes na cidade no início da década de 1990, e foi um dos criadores do projeto de lei da Tarifa Zero, projeto que nunca foi votado na Câmara Municipal. A proposta da Tarifa Zero prevê a gratuidade do transporte para toda a população, por meio da municipalização do serviço, proposta que se opõe ao modelo atual de concessão de serviço público às empresas privadas.

Alguns devem estar se perguntando: mas quem pagaria por esse transporte? Da mesma forma como os outros serviços públicos, tais como o SUS e a educação pública são pagos hoje: através dos impostos. Para isso, seria necessário a instituição do imposto progressivo, onde “quem ganha mais paga mais, quem ganha menos paga menos, e quem não ganha nada não paga nada”. Atualmente, quase 50% dos impostos arrecadados pelo Estado são originários do imposto sobre consumo e sobre o trabalho, estes que são custeados em sua grande maioria pela classe trabalhadora. O imposto sobre o patrimônio, por sua vez, corresponde a apenas 4% da arrecadação de impostos. Isso quer dizer que o modelo atual inverte totalmente a lógica da proposta da Tarifa Zero: quem ganha menos paga mais, e quem ganha mais, paga menos.

Nesse sentido, a questão não é quanto custa o transporte, mas quem paga por ele. Trata-se de entender o transporte público como um direito social, que deve ser acessado por toda a população, sem o bloqueio de uma catraca, esta que só garante o lucro das grandes empresas que prestam esse serviço.

“Uma cidade só existe para quem pode se movimentar por ela.” (tarifazero.org)

Outra questão problematizada por Lúcio Gregori é de que o direito ao transporte público implica diretamente ao nosso direito à cidade. É o transporte que garante a nossa mobilidade pela cidade, e quando o primeiro nos é negado, também nos é negado a possibilidade de viver na cidade. Por exemplo, uma família que mora na periferia da cidade pouco ou quase nunca utiliza o transporte a não ser que seja a trabalho, por conta dos gastos que esse transporte implica, impedindo que as famílias possam ocupar outros espaços destinados ao lazer, tais como parques, cinema, teatro, etc.

A Tarifa Zero é possível, tanto do ponto de vista econômico quanto técnico. Isso pode ser constatado nas experiências que temos pelo Brasil, como é o caso da cidade de Maricá, no Rio de Janeiro, onde o serviço de transporte é prestado por uma empresa pública de forma totalmente gratuita. O que falta para a realização da Tarifa Zero, portanto, é vontade política, exigindo que o transporte seja pago pelos ricos.

Agradecemos ao Lúcio Gregori pela esclarecedora aula, e a todxs que compareceram para contribuir com dúvidas e colocações!

Autorganização nos bairros!

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Após a Aula Pública, fizemos uma dinâmica de grupo para pensar as demandas específicas dos bairros em relação ao transporte na cidade, bem como em propostas de encaminhamentos e ações. Em breve divulgaremos o calendário de atividades que foram tiradas!

Nota: MPL não se reunirá com secretário de transportes

O Movimento Passe Livre Guarulhos vem a público esclarecer que NÃO se reunirá com o Secretário de Transportes, Atílio Pereira, nesta quarta-feira, 14/01.

Primeiramente, repudiamos a atitude da STT de nem ao menos enviar um chamado oficial contendo previamente as pautas que serão discutidas em tal reunião. Ficamos sabendo de modo informal, visto que um dos militantes foi procurado e não o movimento. Com isso, reiteramos que uma das características do MPL é a horizontalidade e não toleraremos qualquer tipo de oportunismo e cooptação da parte do governo da luta que travamos. Além disso, entendemos que qualquer reunião que discuta os interesses populares deve ser PÚBLICA e não restrita. Afinal, qual o medo da Secretaria em divulgar publicamente para que todos os cidadãos de Guarulhos possam participar?

Entendemos que essa nota é necessária para chamar a atenção da população e evitar assim o uso indevido ou sequestro da sigla por parte de organizações, indivíduos e políticos, como já aconteceu em outras cidades pelo Brasil, em campanhas políticas e por parte de organizações governistas, com intuitos que não correspondem a pauta do PASSE LIVRE PARA TODOS E TODAS e características das quais, enquanto movimento apartidário, não compartilhamos.

O MPL se opõe completamente a reuniões a portas fechadas, temos como princípio a oposição a via parlamentar e institucional de “negociações”, entendemos que a força das lutas devem vir das RUAS, pelo poder popular. Nossa pauta é clara e está nas manifestações: 3,50 NÃO DÁ! TARIFA ZERO JÁ!

CONTRA AS TARIFAS!
MPL- Guarulhos

Para saber mais: http://saopaulo.mpl.org.br/2014/05/13/nota-da-federacao-nacional-do-mpl-sobre-o-sequestro-de-sigla/

Balanço da Reunião Aberta 08-01-2015

Presentes: MPL (Movimento Passe Livre), UJS (União da Juventude Socialista), UNE (União Nacional dos Estudantes), PSOL, Unidos para Lutar, Fora da Ordem do PT, Revolta da Catraca (Atibaia), Coletivo A Invasão, Partido Pirata e população de Guarulhos/SP.

O MPL-Guarulhos realizou uma reunião aberta no dia 08/01, na Praça Getúlio Vargas, que reuniu cerca de 70 pessoas, para discutir a Tarifa Zero e o aumento das passagens. Estiveram presentes os coletivos acima citados, trazendo suas perspectivas em torno da nossa pauta única, na intenção de construirmos o Ato do dia 12/01, na próxima segunda-feira.

Foi consenso entre os presentes a redução imediata das tarifas municipal e intermunicipal, sendo a luta organizada nas ruas a principal forma de se alcançar essa reivindicação. Houve também uma discussão sobre as formas de se alcançar a Tarifa Zero, principal bandeira do Movimento Passe Livre (MPL), o que agrega a nossa luta anticapitalista.

Foi feita a defesa do passe livre estudantil por alguns grupos presentes. Nós do Movimento Passe Livre defendemos que somente esta medida não é satisfatória para garantir o acesso à cidade para toda população. Para isso, é preciso a implantação da TARIFA ZERO, como já existente em algumas cidades do país.

Entende-se que a mobilidade urbana é um direito de toda a população, e que o aumento da tarifa, bem como a tarifa em si, se apresenta como uma violação desse direito, a medida que ocupar a cidade, seja a trabalho, estudo ou lazer, nos é negado. Nesse sentido, destacamos a responsabilidade dos governos em relação ao nosso direito ao transporte.

A forma como esse direito é violado também foi discutida: a terceirização do serviço público ao setor privado demonstra claramente a garantia da produção e reprodução do lucro. Em Guarulhos, bem como em todo sistema de transporte estadual e municipal, quem gere a nossa mobilidade são empresas privadas que roubam o nosso dinheiro a cada catraca rodada.

O MPL-Guarulhos avalia que esse encontro foi importante por reunir os posicionamentos que cada coletivo e indivíduo defendem e as construções em torno da pauta na qual o Movimento atua, e as consequências de mais um ataque à população. Entendemos que ocupar as ruas e as praças para discutir, reivindicar e avançar na luta e na organização de todos nós é essencial para derrubar a tarifa e atingir a Tarifa zero.

Ato contra aumento da passagem

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Mais uma vez governos e patrões mostram suas caras, mas agora de maneira covarde e perversa. A partir do dia 28 de dezembro, a tarifa dos ônibus na cidade de Guarulhos vai aumentar para 3,50 – um verdadeiro roubo! Sabendo que estamos em um momento de festas e férias, o prefeito e os empresários estão querendo empurrar goela abaixo um aumento absurdo. Se 0,20 centavos já era muito, imagine 0,50!!!

Nós do Movimento Passe Livre-Guarulhos somos diretos em dizer que somos contra o aumento, defendemos a TARIFA ZERO e sabemos que só nas ruas podemos barrar o aumento e conquistar um transporte público que garanta a todxs o direito de ir e vir pela cidade! JÁ BASTA!
Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar!!!

ATO CONTRA O AUMENTO DO BUSÃO
12/01 às 17h – IGREJA MATRIZ

3,50 NÃO DÁ! TARIFA ZERO JÁ!!!!

https://pt-br.facebook.com/events/1004090212939520/

Matéria no GuarulhosWEB

“Enquanto as empresas pressionam o poder público para garantir seus lucros, nós estaremos nas ruas pela tarifa zero para toda a população”

 

No dia 07-01-2015 o portal de notícias GuarulhosWEB entrou em contato com o Movimento Passe Livre de Guarulhos para perguntar sobre o ato do dia 12-01-2015.

Acesse aqui a matéria completa do portal

Acesse aqui a nota completa do movimento

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